A inclinação de um indivíduo a valorizar mais um item que possui do que o mesmo item caso este não faça parte de sua dotação.
O efeito posse pode ser observado pela diferença entre os valores que os indivíduos demonstram estarem dispostos a receber por um bem possuído (disposição a receber) e os valores que eles estão dispostos a pagar pelo mesmo bem quando não o possuem (disposição a pagar).
Exemplo:
O economista Jack Knetsch realizou um experimento famoso que evidencia o efeito posse. Nele, metade dos participantes recebia uma caneca como recompensa por participar do preenchimento de um questionário. Após o preenchimento, foi oferecido para os participantes a possibilidade de trocarem suas canecas por uma barra de chocolate. O mesmo foi feito no sentido inverso para a outra metade dos candidatos, ou seja, estes foram recompensados com barra de chocolate e foi oferecido para trocarem por uma caneca. A porcentagem de candidatos que trocaram suas dotações iniciais foi bem menor do que a porcentagem de candidatos que permanecerem com o mesmo bem recebido inicialmente.
Referências:
KNETSCH, J. The Endowment Effect and Evidence of Nonreversible Indifference Curves.The American Economic Review, v. 79 (5), p. 1277-1284, 1989.
KAHNEMAN, D.; KNETSCH, J.; THALER, R. Anomalies: The Endowment Effect, Loss Aversion and Status Quo Bias. The journalofEconomic Perspectives, v. 5 (1), p. 193-206, 1991.
LIST, J.Neoclassical Theory versus Prospect Theory: Evidence from the Marketplace. Econometrica, v. 72 (2), p. 615-625, 2004.
THALER, R. Toward a Positive Theory of Consumer Choice. Journal of Economic Behavior and Organization, v. (2), p. 39-60, 1980.
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