É um processo comportamental já bastante documentado, que ocorre quando colocamos dinheiro ou tempo ou qualquer outro tipo de investimento em algo, e descobrimos que não conseguiremos atingir nossos objetivos. Nestes casos, há uma tendência das pessoas em continuarem a investir dinheiro, tempo, etc. mesmo sabendo que isso poderá ser em vão. Daí o nome: “custo afundado”. Persistir em más decisões, devido a um apego “irracional” a algum projeto, mesmo sabendo que que não poderemos recuperar nossos investimentos, é algo comum de se encontrar no dia a dia de qualquer pessoa.
Exemplo:
Suponha que você tenha comprado antecipadamente um bilhete não reembolsável para um jogo de basquete . No entanto, na noite do jogo, você simplesmente não tem vontade de ir mais : você está cansado, está caindo uma tempestade lá fora, e o jogo será televisionado. Você lamenta o fato de que você comprou o bilhete, porque, francamente, você prefere ficar em casa, acender sua lareira e assistir confortavelmente o jogo na TV. Mas o fato é que você comprou o bilhete – e era muito caro e difícil de obter. O que você fará? Se a pessoa incorrer no “custo afundado”, ela irá ao evento, mesmo que o benefício não compense os custos de deslocamento e etc..
Referência:
THALER, R. Mental accounting matters. Journal of Behavioral Decision Making, v. 12(3), p. 183-206, 1999.
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